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Guia da Construção

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Engenheiro Destaque: VILMO GASPODINI (1935-1993)

Quem era o Engenheiro Civil Vilmo Gaspodini?

Por Eng. Civil Decarte Gaspodini (seu filho)
Um senhor, que desde o começo da carreira sempre foi meio calvo e que acostumou-se a falar com o cigarro no canto da boca, o mesmo que não deixava, nos tempos em que "dinheiro não fazia falta", palavra suas, a peonada de obra sem um belo churrasco, que ele mesmo preparava, ou melhor, que ele mesmo matava o boi, cortava e salgava a carne, depois de cada laje concretada.
O engenheiro Vilmo ou melhor "Dr. Vilmo", nunca pode ver um prego sendo mal batido, passava logo a mão no martelo e ia dizendo "é assim que se faz, querido". Esta prática com o martelo, foi herança do começo de sua carreira profissional, ainda criança, e acabou por lhe custar o dedo mingo da mão esquerda.
Dr.Vilmo tinha um olho, daqueles que maus profissionais odiavam; paredes fora de prumo, forma não alinhadas e ferros com bitolas erradas, eram logo descobertos, e não foram raras as vezes em que foi preciso o uso de aparelhos, para confirmar o que um dom que lhe fora dado, já havia assinalado minutos antes.
Conforme consta nas lendas, Dr. Vilmo nunca entrou numa obra sem antes dizer "bom dia ou dia bom", a todos, do não menos importante servente, ao todo poderoso mestre-de-obras. Aliás, fica aqui uma lição por ele repassada, aos jovens engenheiros: respeitem esta hierarquia de obra ao darem uma ordem ou elogio, pois se ela existe é por um bom motivo.
Porém, era também aquele paizão, que não podia ver ninguém triste, fosse o peão de obra necessitando de um conselho, ou o proprietário, que tinha que ser de certa forma iludido, para que não parasse a obra. Muitos foram os clientes que, graças ao seu otimismo e perseverança, concluíram os imóveis em que hoje residem ou trabalham. Ele incentivava sempre a todos, dizendo que, com trabalho, pode demorar um pouco, mas o retorno vem, e como é gostoso o suor do trabalho realizado!
O nosso Dr. Vilmo agora fiscaliza outra obras, em outros planos, mas sua filosofia de trabalho continua viva, em cada projeto bem feito, em cada obra bem executada, pois não há melhor lembrança de um engenheiro, que suas obras, o trabalho de uma vida.


HISTÓRICO

VILMO GASPODINI nasceu na cidade de Marau, no Rio Grande do Sul, aos 19 de abril de 1935, filho de Clemente e Estefânia Gaspodini. Após completar o 1o grau, como aluno interno do Colégio Conceição em Passo Fundo, cursou o 2o grau em Porto Alegre, no colégio Rosário. Diplomado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no ano de 1964. Neste mesmo ano, casou-se com Maria Telma Donassolo, com quem teve quatro filhos: Decarter (Eng. Civil, e hoje seu sucessor), Uórani (Eng. Mecânico), Valeska (Arquiteta e Urbanista) e Alexandre (cursando hoje o 2o Grau).
Veio trabalhar no D.N.R. de São Miguel do Oeste à convite do então Secretário do Oeste, Dr. Serafin Bertaso.
Mais tarde, prestou serviços como Engenheiro da Delegacia da Secretaria dos Negócios do Oeste, foi Engenheiro Fiscal do Banco do Brasil na região Oeste, e engenheiro da AMEOSC por 4 anos. Também exerceu as atividades de Engenheiro do BESCRI e foi Assessor Técnico da Cooperativa Central Oeste Catarinense e da Cooperativa Central Agropecuária Sudoeste Ltda.
Quando Engenheiro do D.E.R. e da Secretaria do Oeste, acompanhou a abertura de ruas e a criação de praças de esporte e lazer em nossa cidade, bem como em cidades vizinhas, trabalho este que contribuiu para o crescimento e desenvolvimento das cidades.
Sócio Fundador da Construtora Gaspodini, Vilmo tinha muito orgulho da empresa que dirigia, à qual se dedicou até o último instante de sua vida.
Alegre e comunicativo, amou esta terra, que adotou como sua, e à ela dedicou o melhor de sua criatividade, de seu profissionalismo e de seu dinamismo.
VILMO GASPODINI nos deixou no dia 10 de novembro de 1993, vítima de acidente automobilístico, na cidade de Cuiabá, onde prestava seus serviços profissionais.
Tudo o que se poderia falar de VILMO como homem, como pai e profissional, pode ser resumido na frase dita por seu filho caçula Alexandre, então com 14 anos de idade: "A maior herança que um pai pode deixar para seu filho, é o orgulho que o filho pode sentir dele."


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Última atualização: 02/02/1999
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